Seguidores

sábado, 29 de agosto de 2009

Federação Portuguesa de Pesca Desportiva continua a luta

O expoente máximo da pesca em Portugal?

Somos um País de aventureiros, o mar está ligado à nossa cultura e história nacional, somos (fomos) uma nação que descobrimos, dominámos, dividimos, abandonámos e cá estamos, uma aliteração ou uma hipérbole?

Como Português não preciso de uma bússola para me orientar na Pesca Desportiva, lúdica ou de brincadeira ou ainda qualquer coisa que seja relacionado com um artefacto denominado cana de pesca, mas penso que a FPPD deveria ser a timoneira (O) na preservação do pão que a alimenta: os PEIXES.

Somos um povo de campeões mundiais em várias modalidades!!!! Bravo!!!!

Mas temos regulamentos que permitem chacinas de peixes…
.
Como é bonito de ouvir de um pescador de competição:

“ Fiz primeiro no meu sector com 2 aranhas e um robalo de 300 gramas”

Que bonito é de se ver a solta dos exemplares no fim de cada prova de surf casting… os peixes adultos, perdão! Jovens adultos (tenho uma clara queda para o exagero) pronto vá lá … peixes bebés, imaturos, JUVENIS. é lindo vê-los a nadar para dentro de uma saco plástico, latão ou caixote de lixo mais próximo..

Que luta pelo pescador lúdico quando proibiram o engodo desde a costa, que cruzada.

Olha se a ideia pegava e proibiam em águas interiores as toneladas de engodo que são descarregadas anualmente… Até parece que estou a ver a cara de certos barões dos farináceos.

Hoje fico-me por aqui mas não podia de endossar os parabéns à FPPD pelo excelente trabalho que tem vindo a realizar na preservação da pesca desportiva em Portugal, os regulamentos das provas de mar são o seu estandarte nesta luta contra o tempo.
Obrigado.

domingo, 9 de agosto de 2009

Preservação e euros..

Vamos preservar? Preservar, essa palavra tão pura e elitista para alguns..
Ultimamente vamos lendo um pouco por todo o lado sobre esta palavra, preservar o meio ambiente, preservar os recursos naturais, preservar o património cultural, preservar os recursos marinhos,etc,etc..

Vamos falar de preservação e do spinning em duas vertentes, a Internet e os profissionais do sector

Nos últimos anos existiu um boom massivo em publicações da especialidade, na Internet e nas casas de pesca, boa parte da publicidade presente nas revistas é já sobre esta modalidade, colocam ao virar de uma página os últimos gritos de artificiais, as lojas de pesca apressaram-se a acompanhar uma tendência de mercado e em quase todas podemos visualisar uma wall merchandising de artificias para cairmos no pecado capital da compra, tudo em nome da preservação.

A Internet:

Fóruns, blogs , páginas oficiais de marcas ou importadores, o spinning tornou-se omnipresente, assistimos em fóruns a tertúlias por tudo e por nada, a brainstormings de cérebros que pouco salitre têm entranhado no corpo, ou que pescam muito por um monitor fazendo de um par de teclas o sua melhor amostra.

Na Internet o apelo à preservação pelos demais sítios é notório, se uns acham que é por necessidade outros por elitismo, outros porque amam a pesca e outros porque vão na corrente e preservar é preciso, pelo menos afirmar, fazer é outra história.

Nesta mesma Internet que todos nós navegámos as marcas e importadores já descobriram um nicho de mercado tentador e poderoso, já começaram a montar os seus sites oficiais com visuais agressivos, imagens e som brutais, comprem, comprem..

Ainda há no meio desta Internet grandiosa e informativa os peões, esses grandes pescadores que oficialmente não são patrocinados por nenhuma empresa mas oficiosamente recebem produtos para falar deles, mudam de roupa frequentemente, colocam fotos de peixes grandes ou pequenos o que interessa é aparecer, gerar retorno para receber mais umas amostras novas ou uma cana para entrarem no mesmo ciclo vicioso.

Divulgar é preservar? Ás vezes…

Não poderia deixar uma ressalva para aqueles que tem o seu blog com a seu “ patrocínio “ explicito, isso sim é ter respeito pelos seus leitores e claro, traz transparência, algo que cada vez falta mais neste Portugal.

As revistas:

O expoente máximo dos média na pesca, chegam a todos os pescadores mesmo aqueles que não tem acesso a um teclado, as casas de pesca até já as disponibilizam para uma leitura gratuita, para uma maior informação dos seus clientes e claro sempre é mais um argumento de venda devido à publicidade directa e encapotada que existe em quase todas as publicações.
A não profissionalização da maior parte dos pescadores que são seus colaboradores só levam a caminhos menos transparentes nos seus artigos, é mais um meio para chegar a um fim, esse fim será a preservação? Não me parece.. A ligação que muitos dos seus colaboradores tem ao mundo profissional da pesca torna as publicações feridas de morte no que concerne a transparência e isenção..
Tenho pena que o comum dos leitores não tenha conhecimento dos grandes interesses que existe na Pesca Desportiva em Portugal.
Preservar que palavra tão bonita..


Estabelecimentos comerciais de artigos de pesca:

Foram abertos para gerar lucros, nem adianta escrever muito sobre este tema, já viram algum lojista recusar vender algum artigo a algum pescador que não cumpre a lei?
Eu ainda não vi e duvido num futuro próximo ver isso a acontecer.


O spinning só veio ainda mais afectar o stock actual de robalos, a remoção massiva de grandes exemplares só veio debilitar as já diminutas populações de robalos e isto só aconteceu devido à divulgação brutal desta técnica , o spinning neste momento é a galinha de ovos de ouro de muitos profissionais do sector, preservar sim, é uma palavra bonita mas os euros falam mais alto neste Portugal.