Seguidores

domingo, 25 de outubro de 2009

Petição em defesa do Rio Paiva

Só agora tive conhecimento de uma petição que corre em defesa do rio Paiva, um dos rios mais bonitos que conheço, por lá vi das trutas mais belas que vi em Portugal, assinem e juntem-se à força que deseja preservar o património que ainda temos:

http://www.petitiononline.com/RioPaiva/petition.html

E visitem este blog:

http://www.petitiononline.com/RioPaiva/petition.html

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Rapala Maxrap






Todos nós conhecemos a Rapala, considerada por muitos a melhor marca de toda a história, sem duvida que em tempos o foi mas com a concorrência a apertar principalmente a nipónica a Rapala foi incapaz de produzir amostras para água salgada e para surfspinning costeiro que reunissem as condições que os actuais pescadores procuram sendo uma delas a distancia de lançamento é neste contexto que eram aguardadas as novas Maxrap com 13 cm de comprimento e 15 gramas de peso.


Hoje foram aos testes em água doce para conseguir analisar todas as suas potencialidades e sem duvida as mesmas tem uma capacidade de lançamento muito boa para as suas 15 gramas, muito parecido com as duo sld 125.. Outro pormenor que me chamou a atenção são as escamas interiores gravadas a laser segundo informação da marca dando aos artificiais um realismo impressionante.

Quanto ao seu trabalhar falta o teste no mar , na rebentação mas para primeira impressão para aqueles que estão habituados aos jerks da Rapala que por norma com uma recuperação linear funcionam quanto baste neste modelo vão ter sérios problemas porque facilmente vão constatar que se trata de uma amostras muito técnica .

O tempo dirá se estes artificiais enganam robalos ou não, pelo que vi hoje dificilmente esta amostra não capturará peixe mas certamente não será com todos os pescadores.



domingo, 18 de outubro de 2009

Realidade nacional

Já conhecia este texto à muito tempo mas continua actual, numa primeira observação poderão pensar que o texto não tem nenhuma ligação com a pesca mas desenganem-se os mais mais desatentos:


Texto de Guerra Junqueiro – Pátria – 1896

Um texto de Guerra Junqueiro
“Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta. [.]
Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provem que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro. Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País.
A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.
Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar.”


Guerra Junqueiro, “Pátria”, 1896.