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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Petição Contra Medidas de Erradicação da Carpa e do Achigã



Apesar de só de quando em vez fazer uma pescarias aos achigãs pesca esta que acho super técnica e interessante e de nunca ter pescado carpas sou da opinião que se deve preservar ambas as espécies, haveria de certeza absoluta massas de água que sem elas seriam mais pobres biológicamente e também desportivamente.

As entidades Portuguesas continuam com a sua forma autista e ignorante nas abordagens que tem na pesca desportiva, fica aqui o link da petição contra as medidas de erradicação de ambas as espécies http://www.peticao.com.pt/carpa-e-achiga

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Backreeling no spinning de costa aos robalos

Backreeling no spinning de costa

Backreeling é uma técnica que se caracteriza por trabalharmos o peixe após a sua ferragem libertando ou recolhendo linha na luta com o peixe unicamente através da manivela do carreto com o drag completamente fechado.

Aprendi esta técnica pescando robalos à bóia especialmente pescando com caranguejo pilado onde muitas das vezes se ferram grandes exemplares, depois de a dominar utilizo-a em quase todas as técnicas de pesca que pratico.

Um drag nunca poderá fazer as funções de uma manivela de um carreto, uma manivela na luta com o peixe consegue fazer as funções do drag.

Por norma pesco com multifilamento 0,19 mm seguindo de um terminal de mono em fluorcarbono que ronda na maioria das vezes o 0,40 mm.
Os pesqueiros que frequento são extremamente rochosos, repleto de pedras mariscadas,na luta com os peixes muitas das vezes a linha contacta as superfícies rochosas podendo facilmente perder um peixe por ruptura da linha, onde entra aqui o backreeling?

Trabalhar com o drag a meu ver tem mais desvantagens que vantagens, obrigatóriamente se quisermos alterar o drag em acção de luta com um peixe temos que retirar a mão da manivela do carreto, não é muito prático ter que andar a fechar e abrir o drag, perdemos segundos nesta acção que por vezes serão fatais e resultar na perca do peixe
Quanto trabalhámos com o drag o peixe enquanto tiver força para retirar linha do carreto consoante a afinação que tivermos dado à embraiagem irá levar quanta linha quiser e na direcção que acha que pode ter sucesso de fuga, na maior parte dos casos as pedras o que vai implicar muitas das vezes a ruptura da linha por fricção contra as pedras , existem pesqueiros que frequento que se der mais de 5 metros de linha posso dizer adeus ao peixe.
Mesmo na rebentação já assisti a perda de peixes porque quando a escoa é forte o drag continua a libertar linha e o tempo que o pescador demora a fechar o drag e esperar por nova oportunidade para colocar o peixe a seco muitas das vezes o peixe escapa , noutras situações os pescadores fecharam o drag para recolher o peixe e não aproveitaram a vaga certa e a escoa apanhou o peixe e como não tiveram tempo para abrir o drag deu-se a ruptura da linha.

Na maior parte das situações o backreeling é a solução mais eficaz para trabalhar o peixe porque o pescador controla sempre a situação , porque está em contacto permanente com o peixe.
O Backreeling implica a que o pescador tenha uma perfeita noção do material que está a usar , tendo que ter absoluta confiança nos materiais assim como as suas limitações.
Temos que ter alguns aspectos em conta, as actuais linhas com que pescámos tem cargas de ruptura elevadas mas a carga de ruptura que é apresentada não é medida através de uma força continua, um peixe quando ferra o artificial e luta para se libertar não exerce essa força continua, exerce picos de força e é nesses picos de força que temos que estar atentos e ter a sensibilidade necessária para reter, ou dar linha, não nos podemos que vamos pescar com o drag fechado e quando um peixe exerce esse pico de força pode exceder essa carga de ruptura da linha.

O backreeling tem alguns aspectos fundamentais em acção de pesca:

A Cana
A ferragem:
A recolha e luta com o peixe

A Cana:

Prefiro canas com acção M ou MH, estas permitem-nos na maioria das situações ter a potencia necessária para forçar o peixe e travar a sua luta , isso vai acontecer quando em certas alturas não podemos dar linha nenhuma ao peixe para evitar que o peixe durante a sua luta não leve a linha a roçar estruturas rochosas e por imediata consequência fragilize a linha e leve à sua imediata ruptura

Todas as canas tem uma tensão máxima de freio do carreto que suportam até acontecer a ruptura da mesma, apesar da maior parte das canas que usámos não ter essa indicação temos que ter em conta que as linhas podem aguentar a tensão exercida pelo peixe mas a cana não, aqui só a nossa sensibilidade e experiência com a cana que usamos é que nos pode ajudar, mas as canas mais comuns no nosso mercado na luta com os robalos dificilmente partem por excesso de tensão no entanto convêm sempre ter este ponto em conta.

A ferragem:

Aquando da ferragem temos o drag completamente fechado, não nos podemos esquecer que a ferragem por vezes pode ser brutal , temos que ser rápidos e perceber se temos que dar linha ou apenas segurar o peixe sem manivelar nas suas primeiras investidas.
No Backreeling não há a margem de segurança que temos quando temos o drag regulado para determinada tensão, temos que estar concentrados e sermos extremamente rápidos a executar os movimentos com a manivela do carreto se for necessário dar linha ao peixe.

A recolha e luta com o peixe:

Depois da ferragem, já temos a percepção do tamanho do peixe que temos ferrado temos que cobrá-lo , aqui é que o backreeling mostra todas as suas capacidades, não temos que andar a fechar e a abrir drag, fazemos tudo com a manivela, é tudo mais rápido e eficaz conseguimos através da manivela e seu movimento, forçar o peixe de maneira a evitar contactos com estruturas ou dar linha rápidamente se o peixe assim o pedir ou a escoa o “apanhar”.

O backreeling parece ser pouco ortodoxo a verdade é que é extremamente eficaz e oportuno para a nossa costa rochoso, no inicio parece ser um pouco difícil de controlar mas depois da habituação dificilmente se volta a usar o drag do carreto..

terça-feira, 21 de abril de 2009

É sempre difícil dizer adeus



É sempre difícil dizer adeus,

Não podia de deixar de prestar homenagem no meu espaço pessoal ao Luís Vicêncio ,
Quis a vida pregar-lhe a partida final e levá-lo para outros mares.
Conheci o Luís à sensivelmente um ano numa passagem minha por Lisboa, tendo ele a gentileza de me ir visitar ao hotel onde me encontrava hospedado , um homem de uma gentileza calorosa, voltei a encontrá-lo algum tempo mais tarde e periodicamente íamos falando ao telefone..
Íamos voltar a encontrarmo-nos no último sábado à noite, infelizmente o Luís teve que partir umas horas antes
Em todos os contactos que mantive com o Luís notava-se claramente que se tratava de um Homem com um enorme bom senso, de fácil trato e com uma força de vontade incrível para concretizar os seus sonhos e objectivos.
Amava o mar e amava a pesca .
Partiu para outros mares, outros pesqueiros..
A ele a minha homenagem, foi uma prazer e uma honra ter conhecido o Luis

Descansa em paz, um obrigado e um abraço do fundo do meu coração

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Spinning com zagaias artesanais:

Spinning com zagaias artesanais:





Hoje decidi escrever sobre um dos artificiais que mais alegrias me proporcionou até hoje: as zagaias. Falando de zagaias lembramo-nos logo de pesca embarcada ou do jigging mas estas são direccionadas para o pesca costeira.




Nunca consegui descobrir a real origem desta amostra, muitos afirmam que é uma descendente dos tão famosos chivos espanhóis, outros reclamam a patente para a sua região, em concreto penso que será difícil descobrir, no final penso que é uma fusão de ambas.


Características das zagaias:
Peso: Desde as 20 gramas até ás 80 gramas
Comprimento médio 7 cm
Composição metálica, aço ou compostos de ligas metálicas





Atrelados: Pudemos usar vários atrelados de tais como os famosos raglout ou o mais comum dos pingalim , estes dois são os que reúnem as preferências da maioria dos pescadores





Este artificiais foram concebidos para pescar com em circunstancias difíceis com dias de mar forte onde não era possível praticar o corrico tradicional, tem uma grande capacidade de lançamento, devido ao seu peso e à sua aerodinâmica. Ao longo dos anos estes artificiais que à primeira vista parecem rústicos e isentos de vida foram responsáveis pela captura de peixes record na costa que frequento. Inicialmente usávamos canas de surf casting para pescar desta forma , muitos ainda o fazem na actualidade principalmente com canas de beach ledgering , eu pessoalmente nos últimos 3 anos tenho pescado com canas de spinning de acção de ponteira com comprimento de 3,30 metro com cw de 20/50 ou 50/100. Como na maior parte das situações pesco com zagaias que rondam as 40 gramas tenho optado pela 1 opção que me permite em acção de pesca utilizar igualmente outras amostras rígidas. É possível utilizar com sucesso este artificial com mares com pouca ondulação e com ondulação forte ( até 3 metros de altura nos pesqueiros que frequento). Pessoalmente penso que estas zagaias revelam as suas potencialidades com mares mais fortes onde outros artificiais rígidos não conseguem trabalhar. Acção de pesca: Devido à sua composição podemos pescar em várias camadas de água tudo dependendo da velocidade de recolha que aplicarmos, a maior parte dos pescadores tem uma tendência para fazer uma recolha linear sem pausas é a mais prática e simples e completamente isenta de grande sabedoria ou técnica, essa é a maneira mais comum de utilizar as zagaias mas se pescarmos sem tandem muitas das vezes em caneiros profundos vamos ter ataques se fizermos pausas, esse ataque ocorre quando a zagaia faz o seu movimento descendente em direcção do fundo,esta técnica tem mais eficácia se pescarmos sem tandem na zagaia,. Sem tandem permite outro tipo de animação ,paragens repentinas alternadas com toques de ponteira e recolha da linha torna esta técnica eficaz em certas ocasiões. Para terminar penso que esta amostra apesar de rudimentar tem o seu sucesso devido aos flashes que emite devido à cromagem que possui, ao longo dos anos tenho verificado que é uma amostra extremamente eficaz em águas mais tapadas, penso que nestas situações o peixe é atraído pelo brilho e depois ataca o tandem, a verdade é que por muitas vezes esta amostra capturou peixe em quantidade quando mais nenhuma o conseguia fazer e ano após ano essa história repete-se.. Hoje coloquei o básico desta pesca no futuro fica a promessa de colocar algumas considerações assim como fotos dos meus tandens personalizados..

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Pisões, o dia dos 7000, parte II o massacre continua




Pisões, o dia dos 7000, parte II o massacre continua


Em cima coloco a fotografia de uma truta bebé capturada por mim num rio de águas cristalinas localizado em parte incerta, em parte incerta porque se por um lado a net é uma excelente ferramenta de busca e partilha de informação por outro pode-se tornar uma arma de destruição que já descaracterizou muitos pesqueiros sejam eles marítimos ou de águas “ interiores”.
A foto da truta na minha mão representa única e exclusivamente a fragilidade dessa espécie e a mensagem que está nas mãos de todos nós preservar e respeitar esse ser.
Infelizmente a realidade não espelha este pensamento.

Na ultima semana continuaram a chover noticias das pseudo pescarias( leia-se massacre) da Albufeira de Pisões, com direito a novas reportagens televisivas, quero pensar que a qualidade do jornalismo nacional não é nem pode ser tão fraco como aquele que eu assisti sobre este tema, denotou uma falta de conhecimento grave sobre o assunto abordado, péssimas reportagens que espelham a realidade de muitos pescadores Portugueses( entenda-se individuos que vão à pesca para matar e beber uma cervejas), uma realidade que recuso-me alguma vez a ser conotado, uma realidade que nunca me irei rever. O jornalismo deve ser encarado com seriedade se não é mentira que as reportagens limitaram-se a expor os factos acontecidos ( a pedra basilar do jornalismo) é uma verdade irrefutável que os jornalistas podiam ter ido bem mais longe, se tivessem estudado a matéria poderiam ter feito perguntas bem mais pertinentes: um exemplo” o srº pescador não sabe que é proibido pescar com 5 canas?” Pedia-se bem mais do jornalismo nacional.
Até do estrangeiro através de amigos e familiares as perguntas iam chegando sobre que diabo se passou naquela albufeira, ao que eu fui retorquindo com uma breve explicação e terminado a mesma com a palavra massacre

Devido a episódios como este o verdadeiro pescador nacional continua a ser descrito como aquela personagem que passa horas infinitas a olhar para uma cana à espera que o peixe morda.
A verdade é que já existe um numero significativo de pescadores que pensa que o futuro será negro se nada mudar, é nossa obrigação começar a virar a página, se o exemplo não parte do estado terá que começar de nós, espalhando a palavra, PRESERVAR.. podemos ainda ser poucos no universo total dos pescadores nacionais mas algo conseguiremos influenciar.


sábado, 11 de abril de 2009

Spinning , a inovação da pesca em Portugal?

Spinning , a inovação da pesca em Portugal?

Na semana passada fui à pesca e não vi um único pescador de Buldo ou corrico e dei comigo a pensar em algumas coisas por isso hoje apeteceu-me tecer algumas considerações sobre o spinning modalidade em clara ascensão em Portugal.

Nos últimos 2 anos houve um bum nesta modalidade arrastando pescadores que praticavam outras técnicas e outros por ser “ novidade”.

O pescador de spinning é caracterizado entre outras coisas por ser um pescador técnico e inovador.. E é pela palavra inovação que me quero debruçar um pouco mais, a inovação no spinning tem sido tão amplamente falada e discutida que é neste momento uma pedra basilar de muitas empresas e lojas associadas ao mercado da pesca desportiva. E na actualidade deparámos com :

Empresários individuais e empresas a fomentar um Marketing directo e agressivo em indoors em casas da especialidade e a realçar nos espaços premium dos seus catálogos tudo quanto é artigos dedicados a esta modalidade.

Na comunidade de pescadores em espaços fisicos ou virtuais assistimos a brainsttormings sobre o tema debatidos vezes sem conta, a melhor cana , a amostra ideal, etc. etc.

Como o mercado de Spinning é um mercado apetecível para os investidores e profissionais chegaram a algumas conclusões:

1- A inovação será sinónimo de sucesso para as empresas através de novas soluções( mesmo que as mesmas sejam um up grade ), aproveitando assim a curiosidade do pescador fomentando as suas necessidades patentes e latentes quer em clientes actuais ou futuros.
2- Empresas menos fortes rapidamente copiam esses produtos que através de um controlo de qualidade mais fraco conseguem preços finais de venda ao publico mais baixo, logo mais atractivos e acabam também por gerar lucro.
3- Como todos as inovações tendem a ser rapidamente copiadas a única forma de essas empresas continuarem a ter sucesso é continuarem a lançar novos produtos e quanto mais consagrada for essa empresa mais receptividade têm perante os consumidores que aguardam avidamente as ultimas novidades( actualmente a moda são as japonesas)

Conclusão,

O pescador de spinning actual associa inovação a algo que pode ser descrito” como a estar sempre associado às ultimas tendências do mercado e procurar ter mais e recentes soluções disponiveis no mercado”

Isto meus amigos não é ser inovador é ser moderno ou melhor dizendo é estar na moda..

Com isto quero dizer que o spinning não é uma inovação é uma moda que só agora começa a chegar a Portugal com toda a sua força, e por paralelismo a outras facetas da sociedade o povo nacional é por cultura enraizada um povo que pensa que o que vem de fora das nossas fronteiras é bom logo copia-se , os portugueses dão demasiado valor à imitação e muito pouco à criação.

Devido a estas considerações tomemos por exemplo os pescadores franceses , quase que olhamos para eles como os nossos gurus espirituais , a verdade que é eles através de uma sociedade mais produtiva e empreendedora conseguiram colocar a França como País Europeu líder e especialista nesta modalidade( e noutras) simplesmente porque tiveram visão económica suficiente para analisarem e descobrirem o grande nicho de mercado que é a pesca e o spinning em concreto, geram milhões de euros simplesmente.

O que vai chegando a Portugal são reflexos de outras comunidades por isso atrevo-me a dizer que nos próximos anos a tendência Portuguesa será por utilizar canas mais curtas abaixo dos 2,70 metros e haverá uma proliferação da utilização de vinis e softbaits , isto tudo não é porque inovamos mas sim porque acompanhamos tendências, queremos estar na moda.

Devido a tudo isto o pescador nacional atravessa um período em que tudo o que brilha é ouro torna-se assim numa presa fácil para campanhas de Marketing directas ou encobertas..

Espero que com esta tendência e não inovação cheguem ventos de preservação pelo meio ambiente, chegue uma reflexão interior e uma verdadeira consciencialização que nós enquanto pescadores desportivos temos impacto nos ecossistemas que pescámos, no mar ou em águas interiores e não deitemos sempre a culpa aos profissionais..Neste capitulo é necessário que inovemos ( seguirmos a tendência e a moda de outras realidades)

Por isso não se esqueçam que os peixes não acompanham mercados, não só atacam amostras novidade japonesas com valor acima dos 20 euros como continuam a atacar amostras com 5 anos ou um simples pingalim de preço de venda de 0.25 euros e nacional, nem tudo o que brilha será certamente ouro.

Continuemos a pescar e divertir pela pesca que tanto nos apaixona mas por vezes convém parar e pensar um pouco

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Robalos em Abril , parte 2, o dia da Rogos

Robalos em Abril , parte 2, o dia da Rogos



No dia anterior ao fim da tarde tinha ido fazer uma visita ao mar depois de 4 dias com o mar calmo o mar apresentava sinais que iria levantar, pressentia que o peixe ia aparecer antes do mar levantar como normalmente o faz, preparei a artilharia para me apresentar na manhã seguinte.
Antes de chegar ao pesqueiro que tinha elegido pensava se o mar teria já muita força ou não, cheguei e com muito alegria reparei que o mar estava simplesmente fantástico, águas abertas e oxigenadas,vagas espaçadas de metro de altura, um espumeiro continuo e focalizado, o vento em off e o céu encoberto faziam redobrar as minhas esperanças de capturas
Vesti o meu fatinho negro e fui à luta.. os primeiros lançamentos foram variados comecei pela superficie ( este ano ainda não fiz nenhum) super spook e hidro pencil a trabalhar, variei entre o branco, cinza.. Não consegui enganar nenhum, comecei por outras camadas zonk gataride, LC 130 tambem foram ao mar mas não despertaram a voracidade de nenhum robalo.. Entretanto já tinha chegado o Bruno que ficou um pouco mais atrás numa pedra mais alta pelo meu lado esquerdo.. Nesta altura já tinha mudado para uma Shore line 17 e passado meia duzia de lançamentos a ferragem aconteceu, violenta e bruta , um peixe grande... No dia anterior tinha andado nas lubrificações do meu TP 5000 Fc e tinha-me esquecido de regular o drag do carreto erro que me viria a custar caro.. A ferragem foi brutal o peixe levou linha num pesqueiro que nunca poderia ter levado mais do que 10 metros de linha, visto que no mesmo existia uma pedra pela esquerda, consegui controlar o peixe e tentava colocá-lo dentro do caneiro para iniciar o a dança( explico mais à frente) mas tarde demais, uma vaga levantou o peixe contra a pedra e ele desferrou.. Fiquei com uma vontade enorme de bater em mim próprio, o peixe tinha desferrado por estupidez minha porque não tinha verificado o drag do carreto.. Enfim um lindo animal que ganhou a luta, não foi o primeiro e não há-de ser o ultimo..
Troquei o terminal do fluocarbono e toca a pescar outra vez, continuei mas nenhum simpatizou novamente com Shore Line, toca a tentar duos surf, também não quiserem, Por esta altura já tinha visto 2 vezes peixes na vaga, peixes soberbos situação essa que o o Bruno mais tarde me confirmou que por várias vezes tinha igualmente avistado os peixes..
Começava a ficar sem esperança então lembrei-me de utilizar uma rogos, ao segundo lançamento a amostra cai na água e só percorreu meia duzia de metros, um pancada violenta e lá estava eu na corrida outra vez, desta vez já tinha o drag afinado consegui meter o peixe no caneiro e iria começar a dança, pescava com pedras à minha frente, tinha agora que saltar de pedra e pedra e encalhar o peixe aos pés do Bruno que estava atrás e do lado esquerdo, lá fui saltando e encalhei o peixe que acusou 4,600kg, um momento espectacular, são estes momentos que nos fazem madrugar para ir pescar, os anos vão passando e a sensação de capturar um peixe permanece intocável, uma sensação que não conseguimos descrever por palavras, faz parte da nossa alma de pescador.
A maré já levava duas horas de enchente era altura de recuar e ir tomar o pequeno almoço, o mar não deixou fugir mais nenhum dos seus membros mas deixei-lhe a promessa que iria voltar







terça-feira, 7 de abril de 2009

O primeiro de Abril que fica na alma



Depois de quase três meses com o mar a apresentar águas grossas devido ao mau tempo que se fez sentir o mar parece que deu uma ajuda e as águas limparam..
Devido a fundos baixos com pouca rocha para “ filtrar “ os sedimentos que levantam sempre que o mar cresce a pesca com condições ideias torna-se complicada pela minha zona, foram 3 meses com muitos sedimentos na água, um constante movimento de areias e um mar quase sempre incerto, para anos futuros ainda vamos avaliar as verdadeiras consequências que os novos molhes da foz do Douro vão implicar na costa subjacente à mesma mas por fim uma semana que trouxe a bonança..
Combinei uma pesca com 2 amigos, a temperatura ajudava e por isso chegou a altura de vestir o fato de neoprenne e tentar a minha sorte em alguns cabeços e pedras ilhadas se assim o pensei assim o fiz, a pesca iniciou-se ao abrir do dia e o pesqueiro por nós escolhido apresentava as condições ideias para a captura de uns robalos, a maré já tinha completado metade da vazante, estávamos no ponto de água ideal para o pesqueiro mas por ali não andavam os nossos amigos.. por isso pouco mais de uma hora pescámos e toca a mudar de pesqueiro..
Tentamos mais dois só que infelizmente assim como nós pensamos mais pescadores fizeram o mesmo e estavam os spots ocupados , já só faltava cerca de hora e meia para o baixa mar completo restou-nos um cabeço mais fora que já nos deu muitas alegrias por isso aí nem hesitamos..
Começamos a pescar e mais uma vez o mar não poderia se encontrar melhor, tentámos vários artificiais, várias cores e com diferentes características mas nada.. resolvi então recorrer a uma zagaia com tandem e o resultado não se fez esperar, cravou fora e a luta não foi muito forte, mas foi o melhor peixe deste ano, 4.400kg foi o peso que acusou.
Definitivamente a zagaia continua um artificial intemporal que divide muitas opiniões se há pescadores que andam anos para conseguir capturar um peixe com elas há outros que a continuam a apelidar da melhor amostra aqui pela minha terra, para mim é uma velha amiga e dificilmente deixarei de pescar com ela, no futuro fica a promessa de colocar aqui umas fotos das zagaias artesanais que uso..
Restou-nos a foto para mais tarde recordar o pescador não é muito fotogénico mas os robalos são sempre lindos.

domingo, 5 de abril de 2009

Pisões, o dia dos 7000

Pisões o dia dos 7000 mil

Com muita tristeza recebi noticia do que se passou na Albufeira de Pisões,teve direito a reportagem de tv e tudo. Mais uma atrocidade que se adivinhava, o Estado Português continua sem querer ver as potencialidades económicas que a pesca desportiva pode implicar em pequenas economias locais. Para quando uma abordagem sobre este tema?
Os políticos continuam com a sua filosofia autista sobre a pesca desportiva.
Portugal tem nas suas massas de agua interiores um património genético de valor incalculável e não o sabe preservar, espero que a geração que agora começa a abraçar a pesca entre com uma mentalidade renovada, de divertimento mas de preservação..
Resta-me a dúvida os 7000 mil pescadores que lá se deslocaram foi para pescar ou para chacinar?