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terça-feira, 30 de junho de 2009

Muito mais que pescar..



Quando eu era criança a minha Mãe obrigava-me a comer morangos para eu ir à pesca com o meu Pai, ou pelo menos para o acompanhar nas suas jornadas..
Ainda hoje não sou grande apreciador de morangos..

A primeira truta que eu capturei, o meu primeiro robalo, o meu Pai esteve a meu lado, já capturei inúmeros peixes, robalos grandes, trutas grandes , os recordes que eu estabeleci para mim já os cumpri , nestes últimos anos vejo a pesca com outros olhos..

Os dois momentos mais importantes foram os dois que salientei, o primeiro e a primeira, o meu orgulho em capturar pela primeira vez estes dois espectaculares predadores.

Cedo aprendi a saber o que era um fieiro no estuário do Douro, a ler os espelhos de água.. A caminhar com pés de lã num rio truteiro.. Pela mão do meu Pai..
O tempo passou rápido e quando olhei para o lado já o meu irmão lançava um colher rotativa em busca de uma truta num rio de montanha..Já éramos três a olhar para um rio turbulento de águas cristalinas os mesmos que assistiram a inúmeros dias a nascer numa praia qualquer …
Uma família unida, e uma paixão enorme pela pesca, pela natureza, ou pelo simples facto de estarmos juntos a fazer o que mais gostávamos..

Depois da formação base cada um de nós dois formulou as suas ideias e tinha as suas teorias ou técnicas predilectas, as manias que os pescadores ganham pela vida fora.. ainda as temos e ainda agora mas não tanto como desejaríamos nos juntamos os três para pescar num ribeiro qualquer ou lançar atrás da rebentação em busca de um grande robalo.

Por anos quando o tempo passava mais devagar e parecia que sobrava eu o meu mano mais novo fizemos uma dupla temível nos robalos, forma noites e amanheceres repletos de cumplicidade.. Ainda por estes tempos nós os três em acção de pesca não precisamos de falar muito, um olhar, ou um simples gesto são o suficiente para comunicar frases inteiras..

A pesca para mim há-de ser muito mais que capturar peixes, é uma paixão, um estreitar de sentimentos com a natureza, com um ente próximo, um amigo ou uma simples maneira de viver..

O meu mano mais novo não gosta de blogs ou de fóruns, gosta de pescar quando a pesca lhe assola a alma..Para ele não há termos ingleses abomina-os, as amostras trabalhem bem ou mal, lançam bem ou mal, para ele a pesca é simples, não complicou o que sempre foi fácil e no entanto segue capturando robalos..
Apesar de ele não gostar este post é para ele, o meu maninho mais novo..

domingo, 28 de junho de 2009

Treinos com vinil



Ontem foi dia de treinos com vinil, já disse em vários locais que me falta a escola dos pescadores achigãs no que toca a técnicas com amostras em vinil.
Por isso decidi ir treinar com os achigãs técnicas e especialmente a ferragem com estas amostras, pescar robalos é bem mais fácil os toques são mais francos e claramente mais brutais.
Como não levei óculos polarizados não via muito do que se passava abaixo da superfície da água, a pesca , as ferragens foram todas feitas ao sentir, ao avistar um deriva anormal da linha.. Foi uma tarde engraçada com alguns achigãs a quererem ajudar na festa .
Por curiosidade nenhum entrou em vinis lastradas, foram todos capturados em weightless , com lastro não existiu um único ataque.
É com muita pena minha que os pesqueiros que frequento no mar o weightless é impraticável , o trabalhar do artificial é muito mais natural.
Resumindo qualquer pescador de robalos deveria fazer umas brincadeiras com os achigãs , existem muitas analogias que podemos estabelecer entre as duas espécies, alimenta o nosso percurso como pescadores de artificiais..
Todos os peixes foram devolvidos à água, nem poderia ser de outra forma.

segunda-feira, 8 de junho de 2009