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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Abertura da pesca às trutas 2012


Este mês por tradição é o período em que grande parte dos pescadores apaixonados pela pesca à truta começam a ficar com a ansiedade natural de quem sabe que o defeso irá acabar e poderão praticar o desporto que tantos gostam.
Hoje decidi escrever sobre concessões de pesca a abertura da pesca à truta no dia 1 de Março.

As concessões. Para muitos uma inevitabilidade, para outros uma restrição à liberdade de cada cidadão exercer uma actividade em locais que pertencem a milhões de Portugueses.

Começam a proliferar as concessões de pesca em alguns rios que eram destino de muitos pescadores, uma parte gerida e concessionada por entidades estatais e outras por associações/ clubes de pesca.
São poucas, muito poucas as concessões que conheço em território nacional que são bem geridas, em ultimo caso nenhuma o será e mais à frente direi o porquê desta minha afirmação.

Se o estado privatiza algo que é de todos nós, deveria exigir uma correcta gestão da massa de água e uma correta gestão passaria em primeira instância pela consagração do fácil acesso a essa massa de água.
O que acontece actualmente roça o limiar do feudalismo em alguns casos, vivo no Porto e se desejar pescar numa concessão a 150 km de distancia vou fazer uma viagem na incógnita, sem saber se vou conseguir tirar uma licença, porque não sei se haverá licenças suficientes disponíveis, ou então o café ou mercearia que passa a respectiva licença estão fechados! Ou então tenho que me deslocar uma semana antes para obter a licença e voltar uma semana depois para pescar. Será de uma enormidade informática a montagem de uma estrutura para que se possa poder obter uma licença para concessões através do Multibanco ou da Internet?
As concessões serão mesmo necessárias?

Não o seriam de todo se existisse uma politica de ordenamento digna desse nome, se os focos de poluição de várias massas de água fossem erradicados e combatidos, se houvesse uma verdadeira fiscalização, tínhamos uma parte da solução para o problema, o que nos iria sobrar?



Muita coisa ainda, provavelmente o caminho mais longo a percorrer seria o da mentalidade Tuga, o pescar para matar, o destruir sem olhar para a amanhã, sou a favor da pesca sem morte e é essa vertente que pratico a 100% em águas interiores mas não sou fundamentalista para apontar o dedo a todos aqueles que pescam com morte, acho sim é que tem que existir “ alguém “ que regule ..
Poderiam ser criados rios destinados à pesca sem morte, nem necessitariam de ser o seu curso na totalidade, alguns troços que poderiam ser rotativos ao longo dos anos, zonas de abrigo em todos os rios, a limitação de um limite máximo diário de capturas retidas, uma medida mínima de retenção de acordo com o rio em questão.

Concessões para quê? Se poderia haver peixes para todos, em boa verdade se diga que há rios livres que têm uma maior população truteira que algumas concessões.
Concessões de pesca para quê? Para libertarem indiscriminadamente trutas sem perfil autócne dessa massa de água, para existir uma poluição genética futura?
Que me perdoem aqueles que estão ligados a concessões, porque existe alguma gente boa no meio mas eu por mim dispenso as concessões nos atuais moldes, para feudos, taxas e licenças já me chega o Estado Português.
Mas voltando ao ordenamento das massas de água, no dia 1 de Março é a abertura oficial da maior parte dos rios truteiros , o País atravessa um período de seca , um Inverno com pouca chuva manteve os caudais de boa parte dos rios a níveis estivais, apenas no Rio Coura a abertura da pesca foi adiada, ao meu conhecimento não chegou outro caso semelhante.



Com fracos caudais as trutas estarão confinadas a certos pesqueiros, algumas levadas e poços mais profundos, por natureza esses locais são pontos quentes de trutas quase todo o ano mas o que acontece é que nesta altura os rios deveriam levar caudais muito mais elevados e essas levadas ou poços seriam sítios muito mais difíceis de pescar pelo volume de água que deveriam levar, alguns desses sítios em certos rios nem sequer havia forma humana de os pescar tal a quantidade de água que deveriam levar.

Por alguma razão é que há certos rios que o seu período alto de capturas só acontece a partir de Maio quando os caudais diminuem e se pode efectuar uma pesca mais eficaz e abrangente.

O que fazer com a seca que atravessámos:

Uns dizem adiar o levantamento do defeso, outros preferiam manter o defeso e esperar que os caudais aumentassem, na verdade nada se fez porque o Estado continua de costas voltadas para estes temas e as associações/ clubes que gerem algumas concessões ao que parece não estão muito preocupadas nem sensibilizadas para esta questão.

O que está reservado no futuro às nossas massas de água ninguém o sabe dizer mas só alguém que não seja realista é que pode estar optimista em relação a este tema.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

O tempo e o spinning





Novembro, Dezembro e Janeiro foram meses atípicos de fim de Outono e inicio de


Inverno, dias solarengos e pouco ventosos, foram meses de várias capturas entre mim

e o meu circulo de amigos, à já à uns anos que não via capturas em qualidade como as

que vi ultimamente, por norma não há coincidências na vida e na pesca também existem

poucas..

A pluviosidade teimou em não a aparecer, níveis baixíssimos históricos e mares

com ondulações pouco formadas, em picos e em temporalidade.

O Douro com a fraca pluviosidade manteve caudais estáveis com as barragens a debitar

níveis de água que não permitiram afectar a cor da água com o rio a transportar menos

sedimentos.

Ao contrário de 2010/11 a temperatura da água do mar não teve tantos picos e

oscilações se em 2010/2011 a temperatura oscilou entre os 13º e quase 20º em 2011/

2012 a temperatura manteve-se quase sempre estável entre os 14º e 15º.

Tantos factores juntos originaram a captura de excelentes exemplares, claro que o seu

peso é sempre influenciado pela sua reprodução e pela grande parte de peixes ovados

capturados, no campo desportivo penso que não pode existir comparação entre um peixe

de 6 kg capturado em Janeiro ou em Agosto, nomeadamente se falarmos das enormes

fêmeas ovadas.

Quem andou a pescar só com muito azar é que não tropeçou em exemplares acima dos

5 kg, não existiram capturas em quantidade mas como em cima afirmei existiram várias

jornadas com capturas de qualidade/peso muito aceitáveis..

Com águas mais límpidas os profissionais perderam um trunfo importante na colocação

de redes, com águas tão limpas o peixe não emalhava com tanta facilidade e quantidade.
O mar apresentou-se com águas tão limpas e ondulações estáveis que até o velhinho e

intemporal buldo parece que renasceu..

Acho que na pesca não há mesmo coincidencias

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Vámos lá fazer então mais uma barragem..

Para os mais distraídos aconselho a leitura do relatório do ICOMOS/UNESCO.

Claro que iremos perder o VEU ( valor excepcional universal), não sou nenhum ambientalista mas há coisas que me custam a assistir, ficam as imagens de mais um ambiente que vámos alterar..


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Robalos a monte





Como indica o titulo do post, são mesmo robalos a monte.. Não vou entrar em considerações de caracter pessoal porque estes senhores são profissionais, penso que as imagens dizem tudo..

Agora não posso deixar de fazer futurologia, com esta pressão de  pesca não será muito risonho o futuro da especie....