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quarta-feira, 25 de julho de 2012

terça-feira, 17 de julho de 2012

Jumping fishing

Há um tipo de pesca que um amigo meu apelidou de Jumping fishing em ironia ,devido ao exacerbado catalogar de variantes de spinning que nos invadem constantemente como se de algo de muito inovador ou diferente tivesse surgido .
Jumping fishing porque ando de carro em pesqueiro em pesqueiro à procura de determinadas condições..

Hoje ao contrário do que é habitual vou fazer neste espaço um relato de pesca.




As águas costeiras têm estado excessivamentefrias e ventos de Norte constantes colocam os peixes em águas estuarinas como é habitual nesta altura do ano.~

Fui fazer o reconhecimento diurno , a pé fiz cerca de 3 km de rio, era simples o que procurava: cardumes de tainhas de pequeno tamanho e robalos encostados a estruturas ou em passeio,preocupava-me mais encontrar as tainhas do que os robalos, sabia de anosanteriores que não ver os robalos era indiferente, pois iria pescar de noite , altura de eleição para pescar quando os robalos saem do abrigo dos fundões para pescar ou entram com a maré , pelo menos no Douro, seipor amigos meus e por algumas brincadeiras minhas que há outros estuáriosbem interessantes de dia, no Douro por norma de dia o peixe é muito pequeno e não eram esses peixes que procurava.

Encontrar tainhas no Douro é tarefa fácil, existem aos milhares para não dizer milhões, encontrar cardumes  de tamanho reduzido em quantidade suficiente para desencadear emboscadasdos robalos é um pouco mais complicado.

Encontrei três locais com as condições que eu queria, tainhas em número suficiente, uma orografia de margem interessante para pescar e ainda tinha visto dois robalos num desses pesqueiros.

Saí de casa depois do Jantar ,aproveitei para pôr a conversa em dia com amigos de uma vida inteira  que tal como eu cresceram a nadar e a brincar nas margens do Douro, algo pouco aconselhável nos dias de hoje, as crianças de hoje não se podem sujar muito…
 Algumas breves histórias típicas de pescador e era chegada a altura de ir pescar porque corria orisco de não apanhar o ponto de água ou maré no qual queria pescar.

Chegado ao primeiro pesqueiro não vi as tainhas, algo que não me agradou, decidi fazer meia hora de pesca se nada sentisse iria largar ferro para outro pesqueiro, passado 30 minutos já estava dentro do carro a caminho de outro pesqueiro pois o primeiro foi uma aposta falhada.

No segundo pesqueiro ainda estoua colocar a mochila em cima da pedra quando ouço na água um grande estrondo…Conhecia aquele som, era o som de um robalo a atacar tainhas, são estes momentos que todos nós pescadores desejámos, sonhámos de olhos abertos e nos tiram o sono de noite.

Armado de speedmaster de 2.10 mt stradic 2500 Fa toca a enviar pedaços de plástico para a água…

 Comecei com sammys 85, variava velocidade de WTD e nada , passei por 4 cores diferentes; totalmente negra , totalmente laranja, uma crome e ainda uma tainha em cores naturais,fiz pausas longas, menos longas e nada… Entretanto assisti a mais dois ataques daqueles peixes que eu procurava.. Algo falhava e era eu porque o peixe estava lá , só me faltava encontrar o padrão..

Fiz passagens com z claw, com zara spook e com sammys 65, tentei a bent minnow e nada, nem um ataque..

Começava a ser reduzido à frustração de não conseguir enganar um peixe, nem um ataque…
Tentei os jerks: FM de 80, Arnaud,Pointer e Staysee nada funcionava, nem cores nem animações diferentes.

Teria que ir para os vinis , via as tainhas em constante agitação, via um ataque de tempos em tempos, sabia que os peixes continuavam no pesqueiro, podiam estar relutantes em atacar à superfície e andar a caçar em  capas de água mais fundas.~

Descarreguei vários vinis em várias gramagens, desde o conceituado rolling shad até ao comum fluke , foi de tudo para  a água em várias gramagens e animações…~

Carreguei muitas grades e o prenuncio de tal acontecer não me estava a agradar nada porque sabia se tal acontecesse a culpa era minha , porque os robalos, esses sim estavam lá, faltava-me a arte para os enganar..

Decidi sentar-me e olhar bem para as caixas que tinha na mochila..
Tinha 3 armas diferentes para ir à agua,  buzz jet, um  heddon magnum torpedo e o javallon este ultimo responsável pela captura dos meus maiores peixes em estuário.~

Foi com o Javallon que tentei e depois de meia dúzia de lançamentos novamente a incapacidade de provocar um ataque apoderasse de mim , optei pelo buzz jet , um artificial que já me tinha dado umas alegrias mas sempre ao amanhecer mas nada…

Resignado foi com pouca  esperança que coloquei o torpedo, a maré estava já a entrar na reponta e só teria mais 30 minutos de pesca naquele local sem que a corrente forte se fizesse sentir..

Primeiro lançamento com o torpedo,3 toques» pausa » 2 toques » pausa e um ataque brutal, cana completamente dobrada e a manivela a trabalhar a grande velocidade, de tal maneira queaté me estava a magoar o dedo indicador, como sabem e como já por aqui escrevi não utilizo o drag, pesco sempre em backrelling , o peixe perdiajá força e era altura de o cobrar assim o fiz  , faltava-me contornar duas pedras e encalhar o peixe numa reentrância , algo que errei e falhei redondamente levando o terminar  de 0.30 mm a roçar numa pedra e a partir..

 Estava oficialmente aborrecido, para usar uma palavra mais gentil, porque por burrice minha perdi um belo peixe e ainda por cima com uma amostra na boca..

O torpedo era o único que tinha,com hélices só dois buzz jets, terminal novo e vai buzz jet para a água novamente mas como anteriormente nada mexeu .~
 
Lembrei-me subitamente que um amigo meu do Reino dos Algarves  me tinha oferecido gentilmente uma Marota,amostra que eu transportava no carro ainda no envelope dos CTT, nem seria uma amostra para pescar mas sim para guardar para a posteridade.

Decidi subir a margem e dar um salto ao carro, e desci novamente com a marota na mão..
Na verdade e sem grande explicação os peixes queriam eram amostras com hélices, porque com a marota fiz duas  excelentes capturas que mostram claramente que em estuário há  excelentes exemplares à nossa espera, infelizmente a maré começou a sentir-se e as condições para pescar tinham terminado..

Voltei ao estuário mais 4 vezese não consegui uma única captura com amostras de hélices, os  vinis e as habituais passeantes mostraram os seus créditos mas hélices não..

A pesca é uma constante demanda de conhecimento e reflexão, sinceramente em condições iguais noutras noites fiz boas capturas com as amostras que acima mencionei, sem saber o porquê nesta noite especifica as hélices provocavam ataques.

 A foto não é grande coisa mas foi a possivel via telefone