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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Defeso do Robalo, sim ou não?


Defeso do Robalo ?

Setembro, Outono e ao virar da esquina temos a famosa desova dos robalos irregular ao longo da costa Portuguesa , já capturei robalos ovados entre Outubro e Março, considero que o pico da desova aqui pelo norte decorra nos meses de Janeiro e Fevereiro.

Há algum tempo que se fala do defeso dos robalos, este tema é muito discutido entre os pescadores lúdicos principalmente em alguns círculos , pessoalmente considero que no futuro inevitavelmente o mesmo ocorrerá , acredito igualmente que o mesmo não acontecerá devido a uma tomada de consciência dos pescadores profissionais mas sim pela escassez dos stocks das populações.

Na realidade não consigo encontrar grandes estudos sobre o stock da espécie nas águas costeiras nacionais, não sei se é pela falta dos estudos em questão ou por falta de conhecimento da existência dos mesmos por minha parte.

A sensibilidade que tenho como pescador lúdico é que o nº de indivíduos que ocorrem aos pesqueiros por mim mais frequentados baixou drasticamente na última década, as informações que me vão chegando um pouco por todo o lado de pescadores de Norte a Sul é que o fenómeno é geral.

O não conhecimento ou a inexistência de estudos científicos muitas vezes induz em erro a nossa percepção do estado das “coisas” , devido a isso, tudo que eu possa escrever pode estar ferido de morte por falta de dados que alicercem a fundamentação.

As noticias na pesca, principalmente as de boas pescarias na maior parte das vezes voam, chegam ao conhecimento de todos, por vezes nem que seja alguns dias depois, mas chegam.

A realidade que constato é que as boas pescarias são cada vez mais esporádicas, observo inúmeras vezes os profissionais a levantar redes e aparelhos e as capturas igualmente são diminutas.

Á um par de anos atrás com as condições minimamente aceitáveis existiam sempre capturas, se a sorte não nos bafejasse, alguns peixes eram capturados por amigos ou conhecidos, actualmente a situação é muito diferente.

O que terá acontecido?

Factores mais importantes em minha opinião:

A pesca profissional evoluiu muito, técnicas mais massivas de pesca, mais eficazes e potencialmente mais destrutivas.

O incumprimento pelos profissionais da legislação em vigor não respeitando a maior parte das vezes a distancia mínima costeira onde podem exercer a sua actividade profissional.

A captura massiva e ilegal de milhares de peixes juvenis, sem tamanho mínimo legal de captura e reprodução, em estuários e rias por todo o território nacional, aqui neste ponto, profissionais e lúdicos estão de mãos dada nas culpas associadas.

A captura completamente despropositada pelos profissionais de grandes quantidades de peixes na altura da reprodução dos robalos, sendo boa parte desses peixes indivíduos reprodutores impossibilitados de se reproduzirem e assim deixar o seu contributo para gerações futuras da espécie.

A pescador desportivo tem a cada dia que passa materiais mais eficazes para capturar peixe, melhores ferramentas informáticas para planear as saídas de pesca, e o spinning é uma técnica de eleição para a captura de grandes exemplares, e neste momento já serão milhares os pescadores adeptos desta técnica.

É sempre mais fácil atribuir a culpa da falta de peixe aos pescadores profissionais, mas nós os lúdicos também a temos, numa escala muito menor mas o impacto existe, muito mais para quem acreditar na teoria da existência de robalos residentes em alguns pesqueiros mas a mesma carece de verdade cientifica por isso não vale muito a pena ir por esse caminho..




O que poderia ser feito para inverter esses caminho?

Só o facto de profissionais e lúdicos cumprirem a legislação em vigor poderia alterar alguma coisa, mas provavelmente não chegaria porque é demasiada a pressão de pesca exercida por profissionais e lúdicos.

Uma fiscalização mais rigorosa dissuadira muitos prevaricadores.

O defeso da espécie, zonas interditas de pesca, zonas de abrigo, estas ultimas rotativas ou não, sendo que a criação de zonas rotativas poderia implicar uma maior pressão nas zonas sem interdição, em resumo e por fim o DEFESO para todos, profissionais e Lúdicos.

Acho que é de conhecimento geral que o preço do robalo tem o seu pico nos meses estivais, fruto da nossa própria cultura de comer mais peixe de Verão do que de Inverno mas também muito influenciado pelo turismo e pela procura de Robalos nos principais ofertas hoteleiras da região.

A verdade é que não são raras as vezes que os grandes e selvagens exemplares que a hotelaria procura para os seus clientes na altura Estival muitas vezes escasseiam para alegria dos profissionais que vêm a sua pesca e lucro serem rentabilizados , o problema é que muitas vezes a procura supera a oferta, o preço de compra claro que sobe mas os profissionais não tem capacidade de fornecimento da procura, perdem dinheiro e muito dinheiro.
O exercício é simples:

100 kg de pescado na altura da desova podem ser vendidos a 600 euros( em pico da desova é comum encontrar-se robalos amontoados e completamente ovados nas lotas a serem vendidos a 6 euros o kg)

100 kg de Verão, vendidos a 20 euros o kg = 2000 euros

Com o defeso, a espécie poderia desovar tranquilamente, a continuidade da espécie e respectivos stock seria assegurada, os profissionais teriam mais pescado para vender quando houvesse uma procura maior mesmo que com a oferta a aumentar os preços médios de venda seriam sempre superiores ao da desova.

Conclusão.

Os profissionais tinham a sua actividade assegurada
Os lúdicos tinham mais peixe para praticarem a pesca com maior sucesso e satisfação.
A continuidade da espécie era salvaguardada.

Não é a primeira vez que abordo este tema, além de pertinente é claramente actual, faltam os dados para sustentar muita coisa, ficaram umas ideias gerais de algo que pode ser feito e deverá ser pensado e analisado, nos próximos anos o tema irá ser falado e discutido, é uma tema importante e crucial não só para os pescadores profissionais e lúdicos mas igualmente para toda a industria que rodeia a pesca dos robalos: lojas de pesca, importadores, marcas de pesca, náutica de recreio e profissional, espaços comerciais dedicados aos consumíveis de pesca dos profissionais, hotelaria e por fim a exportação de peixe.




Por fim este texto não é uma critica aberta, porque na mesma critica e reflexão eu teria que estar incluído porque mato peixe, logo também contribuo para a descida de stocks da espécie, as fotografias não são inocentes,nenhuma das duas primeiras honra os peixes, adversários dignos merecedores de serem tratados e retratados com o maior respeito, a dureza da fotos tem a mensagem implícita de como nós os seres humanos na nossa condição mais primária tratámos outros seres vivos:
Uma foto de uma grande femea capturada no ultimo Inverno outra foto com peixes mais pequenos capturados após a desova de 2010.

Não sou um falso moralista que vem apontar o dedo sem olhar para ele próprio, qual foi pior, matar a fêmea ovada ou 4 peixes a rondar 2 kg?

Realmente entre as duas primeiras fotos, aquilo que pior será na minha óptica é a fêmea morta, em consciência mato muito menos peixe do que o fazia mas continuo a matar, não me considero exterminador mas sou predador, tal e qual nos condiciona a nossa condição de ser humano é chegada a hora de cada vez mais reflectirmos no que queremos para o amanhã.

A ultima foto corresponde a um robalo devolvido para crescer porque o amanhã existe.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Sinking pencil baits


Todas os artificiais que usámos na pesca dos robalos têm as suas técnicas especificas, uns requerem uma técnica mais apurada outros nem tanto..


Hoje decidi fazer um pequeno tributo aos sinking pencil baits, artificiais que muitos dos pescadores nacionais não gostam mas quando usados em determinadas situações são de uma eficácia tremenda.


Consegue-se efetuar várias animações com os mesmos, desde um simples wtd, a um jerking e até um stop and go, são artificiais na maior parte dos modelos lançadores e ainda temos a vantagem de com o mesmo artificial se o mesmo for uma versão sinking de o conseguir trabalhar em diferentes capas de água.



O meu tipo de pesqueiro preferido para todo o tipo de artificiais



O porquê de os pescadores não os usarem tantas vezes como os mesmos merecem, na minha opinião é por falta de confiança, com jerks sabemos que até com uma recolha linear os mesmos trabalham, nas amostras de superfície temos as mesmas no nosso campo de visão, nos pencil sinking não vemos nada e é o pescador que tem que efectuar a sua animação ou temos confiança que estamos a efetuar uma animação correta ou então nunca apostámos neste tipo de artificiais.



Caneiro submerso

Outro pormenor que constanto é que muitos pescadores só gostam de usar esta tipologia de amostras quando quer atingir distancias maiores e ainda restrigem o seu uso a fundos de areia com receio se as usarem em fundos mistos com baixa profundidade de as perderem.






Um peixe que foi enganado por uma blues code


Os sinking pencil podem proporcionar momentos como este


Nunca gostei de pescar em fundos só de areia apesar de existirem alturas do ano em que as praias exclusivas de areia nos reservam bonitas e grandes surpresas, devido a isso sempre as usei em fundos mistos ou caneiros como os que deixo na imagem e o sua eficácia é tremenda quando o peixe anda mais " preguiçoso " e reticente em atacar as amostras mais rápidas..



Há inúmeros artificiais que se inserem nesta tipologia, deixo aqui o meu tributo aos dois com os quais me iniciei nesta família de amostras, os blues code da Maria e os reef pencil da Hart que se encontravam com relativa facilidade nas lojas fisiscas nacionais, penso que ambos já estão descontinuados, os blues codes apenas são comercializados na versão slim, dois clássicos que vão deixar saudades

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Espécies invasoras

O seguinte texto foi retirado da revista Nature e põe em discussão o impato da espécies invasores nas nativas,provavelmente as entidades nacionais deveriam ter em conta diferentes perspetivas e estudos antes de abrirem a caixa de Pandora e tornarem os achigãs o inimigo publico nº 1 dos ecossistemas fluviais nacionais



" Often called aliens, hitchhikers or invasives, non-native species could just as easily be coined "abductees" whose transport links to activities by humans, some scientists say.

The authors of the Nature comments section note that assumptions that "introduced species" offer only deleterious impacts are misguided and "that human-induced impacts, such as climate change, nitrogen eutrophication, urbanization and land use change are making the native-versus-alien species dichotomy in conservation increasingly meaningless."

Mark Davis, lead author and professor with Macalester College in Saint Paul, Minnesota, says that a nativism perspective -- native species equals good, non-native species equals bad -- has dominated conservation efforts over the past few decades. He points to a number of ecologists, "including those who rightly could be called legendary for their contributions to the field over the past decades, who believe there has been way too much ideology and not enough good science associated with the anti-non-native species perspective."

The authors believe that a shift in the field is needed to consider outcomes and impacts of an organism on an environment rather than focus on native origins.

"Scientists who malign introduced plants and animals for thriving under favorable conditions seem to be disregarding basic ecological and evolutionary principles," say Matthew Chew, an ecologist and historian of invasion biology, and Julie Stromberg, a plant ecologist, with Arizona State University. "Evaluating whether a species 'belongs' in a particular place is more complicated than just finding out how and when it arrived."

Scientific studies show that while some introduced species have resulted in extinctions, not all natives are beneficial, as in the example of the Pine Bark beetle, which is decimating North American pine forests.

Chew and Stromberg have studied the impact of the non-native species in riparian ecosystems, most particularly tamarisk trees in the Southwest United States. Introduced to control erosion, Chew and Stromberg consider its continued perception as a pest species, water consumer and invader overplayed, while research shows its ecological role and ecosystem services have been undervalued. They point to outmoded perspectives and continued deference to outdated science as playing strong roles in negative perceptions of the species and intensive investment in eradication efforts. Recent discoveries have found that tamarisk in fact provides nesting habitat for birds, including the endangered Southwestern willow flycatcher, and that regional water management and climate change increasingly favor tamarisk over once-common cottonwoods and willows.

While the introduction of non-native species was noted as early as the 1620s, by Sir Francis Bacon, the field of invasion biology arose as an ecological approach as recently as the 1980s and 90s, inspired by Charles Elton's 1958 The Ecology of Invasions by Animals and Plants. More recent appraisals of Elton's research and publications by prominent ecologists now prompt a call for a change, these authors believe: "Invasion implies so many values. We need to consider the impact of these terms and approaches and how they affect scientific perception, public perception, and in turn, decision-making in conservation and restoration management."

Fonte:

http://www.sciencedaily.com

domingo, 29 de maio de 2011

Amostras Low cost

Já muito se escreveu sobre artificiais low cost , artificiais que não passam de réplicas de outros com valor comprovado no mercado..

Há quem seja adepto incondicional do low cost e há quem seja avesso ao mesmo.

Como em muitas áreas de negócio quando um produto atinge um sucesso de vendas o mercado responde ora apresentado produtos similares ora apresentado réplicas de qualidade duvidosa.

Quando falámos de empresas lideres do segmento as mesmas utilizam os seus recursos humanos e materiais em busca de contra propostas e de inovações, é através destas que o mercado e os produtos evoluem, naturalmente que estas amostras a que poderemos apelidar de originais invariavelmente têm um valor médio superior a uma low cost.
No valor da amostra está inserido o investimento feito na pesquisa, investigação e desenvolvimentos de protótipos.
Por normas são fabricadas com critérios exigentes de produção e rigorosos no controlo de qualidade , por fim infelizmente o preço final é mais elevado devido a um branding forte da empresa que lança o produto.

O branding de uma DUO ou de uma Tackle House para citar dois exemplos é fortíssimo, naturalmente o valor final de um artificial desta marca é inflacionado , o que muitas vezes não pensámos é que a valor de um produto muitas das vezes não pode ser mesurado apenas pelo real valor que tem , isto parece um pouco confuso e antagónico mas na realidade nos nichos de mercado, e o spinning é um nicho de mercado ,o real valor de um artigo muitas das vezes é medido pela disposição e vontade de aquisição que o consumidor está disposto a pagar pelo mesmo.
Cabe a cada um de nós analisar e reflectir se o verdadeiro valor económico que cada artificial apresenta é adequado e compatível com a nossa vontade e disponibilidade financeira para o adquirir.
Por norma os artificiais originais de marcas conceituadas apresentam pinturas mais resistentes ao impacto e à abrasão, a sua natação raramente vem de fábrica a necessitar de ser afinada, não existem discrepâncias entre diferentes séries de fabrico, existem excepções como os famosos babeiros de algumas Duo super frágeis que quebram com uma facilidade brutal ou ainda alguns modelos de marcas que vêm equipados com triplos Onner ST 46 que na minha opinião são frágeis demais para o robalo , uma captura de um peixe de 3 KG em que se tenha que forçar um pouco o peixe origina que os mesmos entortem ou abram com uma facilidade aterradora, cito apenas estes exemplos que são a meu ver claros erros de concepção.

Acho que não há a mínima duvida que os artificiais low cost capturam peixe, mas dificilmente alguém pode afirmar que eles são iguais aos originais.

Os artificias “ linha branca” são em 99% da vezes fabricados com materiais de qualidade inferior mas mais grave do que isso são fabricados com um baixíssimo controlo de qualidade, já vi artificiais com meias palas, com pinturas diferentes nos dois flancos, e também já me passaram pelas mãos artificias sem as esferas no seu interior ou então completamente coladas.

Esse baixo controlo de qualidade também se reflecte na natação dos artificiais, inúmeras vezes os mesmo vêm completamente desafinados e temos que perder algum tempo a proceder à sua afinação, algumas vezes não conseguimos obter a mesma e infelizmente com muita facilidade a amostra volta a ficar desafinada.

Tentei pensar em alguma série low cost que apresentasse um anzol decente mas sinceramente não me recordei de nenhuma, pelo menos para mim é impensável ir pescar robalos com anzóis que não têm a menor qualidade.

Analisando as low cost que em média custam 5 euros, aquando da sua aquisição teremos que trocar os triplos e depois rezar que a amostra venha afinada, pelos menos temos aqui um acréscimo de 50% no valor da amostra sem contar com a mão de obra que temos em trocar os triplos e argolas.

Temos ainda o problema da pintura, algumas com muito boa aparência mas pouco resistentes, há pescadores que decidem envernizar as mesmas para as tornar mais resistentes, aqui voltámos a ter o mesmo problema, gastámos dinheiro no verniz e novamente mão de obra.

É muito comum ouvir da boca dos pescadores “ uso as low cost para zonas de pedra e para sondar pesqueiros que não conheço”
É um pensamento lógico mas há um factor importantíssimo na pesca: a confiança que depositámos em algumas amostras, há artificiais que temos uma confiança muita acima da média, já nos deram muitas alegrias e quando pescámos com confiança a tendência é de pescarmos melhor, por outro lado os pesqueiros mais difíceis muitas das vezes são os pesqueiros mais adequados para o peixe e muitas vezes não utilizámos as melhores armas que temos porque simplesmente temos receio de as perder.

Em boa verdade as Low cost são excelentes opções para pescadores iniciados que ainda perdem muitas amostras por falta de prática e desconhecimento do pesqueiro e da técnica em si, mas com a evolução de qualquer pescador a tendência é a de perder menos amostras, porque a técnica e os sentidos estão mais apurados e com essa evolução as low cost vão sendo renegadas para segundo plano

Se o aparecimento das low cost foi fruto do mercado e da janela de oportunidade que se criou com o boom do spinning em Portugal a sua continuidade no mercado e o lançamento de algumas séries recentes não poderá ser alheia nem isenta a fraca condição económica do País , se os Portugueses nos supermercados neste momento procuram cada vez mais produtos linha branca para sua alimentação tendo esta tipologia de produtos um crescimento notável em todas as empresas do retalho nacional dificilmente aconteceria um cenário diferente na pesca.


Antigamente os opinion maker da pesca eram as revistas da especialidade e uma mão cheia de pescadores nacionais que com os seus artigos conseguiam ter alguma influencia na venda de alguns produtos.

A publicidade nas mesmas eram uma mensagem fortíssima para os pescadores, com o aparecimento da Internet e o grande crescimento de espaços virtuais as principais correntes de opinião passaram para aqui, as marcas mais atentas entraram neste mercado “ patrocinando” alguns espaços e alguns pescadores, nada mais normal e novamente o mercado a funcionar.
As revistas acabaram por perder uma fatia importante do seu orçamento, o valor em publicidade que as marcas pagavam, a Internet é mais rápida, mais universal e a médio prazo o budget gasto em publicidade pelas marcas é rentabilizado, as principais marcas já tem todas sites apelativos, com catálogos digitais e imagens super aliciantes a destacar os seus principais produtos.

Voltando às low cost acredito vieram para ficar mas também penso que cada vez mais os pescadores estão mais atentos, informados e exigentes, com o tempo a fraca qualidade de alguns produtos para spinning apresentados por alguma marcas que apostaram no low cost vão acabar por “queimar” a marca e quando alguma decidir verdadeiramente inovar e por ventura apresentar produtos com a qualidade necessária as vendas não acompanharão as expectativas porque é mais fácil fazer crescer uma marca lentamente mas com um crescimento sólido e sustentado ganhando a confiança dos seus consumidores do que recuperar a imagem de uma marca que defraudou as exigências dos pescadores.

O low cost neste momento funciona como estratégia imediata, mas quando este ciclo económico se inverter tenho sérias duvidas do sucesso das mesmas, o low cost funciona porque o mercado ainda está em amadurecimento, quando o mesmo estabilizar e a média do conhecimento técnico dos pescadores aumentar as vendas das mesmas passarão a cair até passarem a ser residuais.

Pessoalmente não gosto das amostras low cost , infelizmente tenho pena que muitos pescadores sejam enganados com comentários exacerbados sobre as mesmas que andam por este grande mundo virtual que é a Internet mas também tenho a felicidade de não estar refém de nenhuma marca, não podia deixar de referir que já experimentei quase todos as low cost senão seria uma aberração estar a escrever sobre isto e também já apanhei peixe com elas mas não deixa de ser notório no meu grupo de amigos que tenho na pesca que o seu uso está cada vez mais a ser reduzido e restrito a situações muito especificas e com grandes tunnings nos artificiais..

Esta mensagem não tem como objectivo convencer alguém a não comprar algumas marcas em detrimento de outras, é apenas um artigo de opinião válido como outra opinião qualquer, a grande vantagem da liberdade de expressão é esta, a pluralidade de pensamentos e opiniões, o que para mim é bom para outros não o será na certeza porém que uma mentira dita mil vezes também nunca será verdade.

domingo, 22 de maio de 2011

De volta



No espaço de duas semanas encontrei dois pescadores desconhecidos que conheciam o robalosnaalma, ambos me comentaram o porquê de não colocar por aqui mais mensagens, depois de breves conversas lá expliquei as minhas razões.

À alguns meses atrás cansei-me da Internet, a mesma tinha-se transformado em algo irreal, fartei-me de ver um desfile de vaidades ou cantigas de amor que se transformaram em maldizer, fabricou-se a imagem de quem escreve em espaços virtuais são pescadores de eleição, vi tantas asneiras escritas que me afastei destes espaços porque não tinha a vontade de comentar ou entrar em diálogo com pescadores que sofrem de umbiguismo permanente..

Como os espaços virtuais não são corridas de 100 metros mas maratonas decidi escrever esta mensagem, e decidi deixar umas fotos de alguns momentos destes primeiros meses de 2011..


Continuei a perseguir os robalos no silencio da noite...







Ou ainda em algumas pedras ilhadas


Carreguei muitas grades mas vi maravilhosos ocasos...




Mas também fui feliz em alguns amanheceres




A imaginação de como um artificial nadará aos olhos de um robalo continua a morar na minha alma..
Ganhei lutas com peixes lindissimos


Partilhei pescarias com o meu mano


Andei a fazer equilibrismo em algumas pedras para vencer a vontade de viver de um peixe que se recusava a dar por vencido



Passei noites duras e frias que só com um fato de ski o frio se tornava suportável



E ainda tive nas mãos a rainha das nossas águas interiores que libertei com a vontade de mais tarde ter um reencontro..



Estes foram alguns dos muitos momentos que já vivi este ano junto à água, fica a promessa que serei mais assiduo nas mensagens porque dei hoje como terminado o meu afastamento da Internet, porém a linha deste espaço irá manter-se inalterável..