LUÍS HENRIQUE OLIVEIRA
Estudo promovido pelos ministérios do Ambiente e da Agricultura e Pescas visa avaliar a evolução do impacte da apanha de ouriços do mar no ecossistema marinho. Responsável por petição diz que espécie está "ameaçada" devido à escassez mundial de caviar.
Os ministérios do Ambiente e da Agricultura estão a avaliar a necessidade de se tomarem medidas "excepcionais" no que concerne à actividade de apanha de ouriço do mar.
Em resposta a questão formulada no Parlamento pelo deputado Abel Baptista (CDS-PP), eleito por Viana do Castelo, o Ministério do Ambiente deixa claro que, face a uma avaliação negativa da situação, "se poderá justificar a necessidade de proibir a sua apanha ou fixar máximos de captura". Aludindo à decisão ministerial como "uma conquista", Rui Taxa, deputado municipal de Caminha e principal rosto de petição pela defesa da espécie, aponta o dedo à apanha "desenfreada" que, afiança, se verifica no litoral de Caminha, Viana do Castelo e Esposende, apanha essa que "destrói por completo todo o habitat".
Associações ambientalistas de Viana do Castelo como a APCA e os Amigos do Mar vieram, também, a público condenar a apanha "industrial" da espécie. Assinalando que os impactes que as apanhas causam estão, ainda, por quantificar, Pedro Gomes, do Departamento de Biologia da Universidade do Minho, considera, também, que o que está a suceder no litoral "é mais do que visível". Segundo disse, as praias "ficam completamente removidas, o que não é de todo sustentável".
De referir que a petição na internet exige a proibição da apanha durante cinco anos, "de forma a que a espécie se possa reproduzir e reequilibrar, no seu habitat".
LUÍS HENRIQUE OLIVEIRA Noticia do JN
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